4 de jun. de 2011

Vai falar que tu num pensou que eu tava sonhando com uma guria baixinha, de óculos e cabelo curto, um vestido vermelho paixão incandescente, a vitrola lá no canto da sala, tocando uma música bem convidativa. Essa guria em pé esperando não sei quem, ou não sei o que chegar, ai que apareçe um boy. (Muito bonito, muito bonito mesmo, bixo gostoso da porra! Dava vontade de bater nele de tanta beleza! enfim). Um boy... Ele com cabelo grande meio mal-tratados, mas arrumados p/algo que parecia uma ocasião deveras especial... Terno de linho preto apropriado, óculos numa armação que faziam aquelas duas lentes virarem uma parte dele, algo a mais pro charme dele (assim como o dela). Um cheiro leve de cigarro fumado no caminho preenche a sala, mas logo a respiração ofegante e o perfume da guria baixinha fazem com que esse cheiro saia logo. A música fica mais intensa. E como se numa imediata crise mental, dois perdidos numa sala de arquitetura séc. XIX. pareçem se achar.

Sem muita demora, sem nenhuma timidez começa a dança dos dois.
Uma dança que nem em meus sonhos imaginaria dançar um dia.
Uma dança que fez a sua gravata parecer um caleidoscópio de sentimentos.
Uma libido transbordante estava ali pairando aquele local!!!

E os olhos dela, putaquepariu... Que olhos eram aqueles ?
Como uma pessoa tão pequena poderia carregar
uma beleza que seria capaz de romper os ombros de Atila ?
A música para.
Eles param de dançar aquela valsa de fogo e terra.
Silêncio.
Mas uma só certeza do que fazer. Algo que estava mais do que na cara !
Muito semelhante com um destino que duas pessoas tem que... sei lá.
Seguir juntos.

                                                                                                             Pedro Paulo
E a dança começou..

Um comentário:

Qual o sabor?